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A saúde da mulher na menopausa

Por Dra Nazira Scaffi


O aumento de expectativa de vida da mulher, a redução do número de filhos nas famílias, somado à proporção de mulheres que vivem sozinhas com o avançar da idade nos faz voltar a atenção para o cuidado que as mulheres acima de 40 anos devem ter com seu estado de saúde e para e necessidade de refletir sobre as escolhas e cuidados pessoais tendo em vista as perspectivas de vida.


Mulher madura preparada para a menopausa
Mulher madura preparada para a menopausa

Com essa preocupação, o trabalho clínico do médico que assiste às mulheres na fase do climatério e da pós menopausa deve ir além do diagnóstico das doenças e desconfortos físicos que podem surgir, dos exames de investigação de problemas na esfera ginecológica e metabólicos e do estabelecimento da terapêutica farmacológica que melhor se adequaria à sua paciente.


O cuidado do médico, deve ser construído na interação com cada paciente nessa fase da vida, como um trabalho artesanal fundamentado por sua experiência clínica, capacitação e segurança, com ética, responsabilidade e segurança, para enfocar com sensibilidade e as ansiedades de cada mulher quanto às mudanças psíquicas e corporais com que se deparam além de prevenir e reduzir as doenças qua mais preocupam e levam às incapacidades e necessidade s de tratamentos de longa duração a partir dos 50 anos: as enfermidades cardiovasculares, os cânceres ginecológicos e as fraturas por osteroporose.


A prática de cuidado médico e orientação de mulheres na fase do climatério e menopausa, deve incluir além da dimensão biológica, aspectos que incluem a avaliação e monitoramento do estado de ânimo, das sensações físicas e subjetivas, dos aspectos preventivos em relação a saúde corporal e mental.


A individualização das mulheres vivendo a menopausa, o diálogo acolhedor e o preparo do médico para orientar os cuidados que podem contornar as inseguranças e os conflitos psicológicos e desconfortos da fase do climatério e da pós menopausa, permite evitar que as pacientes recorram ao uso e abuso de fármacos psicotrópicos, busca de procedimentos estéticos invasivos, particularmente quando não tiverem indicações precisas.


A adequação da terapêutica e das orientações à cada pessoa além de permitir esclarecer e reduzir o risco da submissão aos dogmas e à manipulação ideológica e sensacionalista de produtos e procedimentos “milagrosos” estéticos e antienvelhecimento que podem causar dissabores e arrependimento, permite ponderar sobre os efeitos colaterais dos tratamentos disponíveis e de seus custos correspondentes - pecuniários e não pecuniários – propagados para as mulheres nessa fase da vida.


O tratamento da mulher nessa fase da vida deve ser uma “relação de encontro” embasado por uma avaliação do estado de saúde mais abrangente e generosa, trazendo tanto os benefícios terapêuticos quanto os da empatia e compreensão das ansiedades da mulher.


No enfoque homeopático e clínco ampliado, o diálogo que investiga os hábitos alimentares, as características do funcionamento gastrointestinal, da pele, do sono, das atividades de trabalho, dos sentimentos nas relações interpessoais, dos hobbies, das sensibilidades ao clima e ao ambiente, cria um aprofundamento amistoso da relação médico-paciente que por si só já tem seu efeito terapêutico e benefícios, como maior adesão às orientações e tratamentos, assim como maior capacidade de auto-observação, conforto e segurança no processo de adaptação que a nova fase exige, reduzindo os problemas psicossomáticos.


A abordagem clínica na fase do climatério e por menopausica necessita atentar às mudanças físicas e mentais atuais e futuras:

  • Com a compreensão sobre as mudanças genitais, os cuidados que reduzem desconforto e abordagem da sexualidade na fase da pós menopausa, a mulher adquire a condição de uma adaptação e reorientação de seu modo de conviver e interagir com seu próprio corpo e na relação com outra pessoa.

  • A partir do esclarecimento dos impactos da alimentação processada no funcionamento corporal e uma orientação sobre uma alimentação mais adequada para o organismo humano e curativa dos desequilíbrios metabólicos é possível assegurar o caminhar na vida mais saudável.

  • A conscientização sobre as mudanças na estrutura osteomuscular, na mobilidade corporal com o avançar da idade e a ênfase na importância da manutenção da autonomia e liberdade de expressão para seguir com os antigos e novos projetos de vida e socialização pode estimular as mulheres a se dedicarem ao cuidado de seu corpo, conhecendo melhor, aceitando e respeitando os limites naturais.

  • A prática de cuidado médico e orientação de mulheres na fase do climatério e menopausa, deve incluir além da dimensão biológica, aspectos que incluem a avaliação e monitoramento do estado de ânimo, das sensações físicas e subjetivas, dos aspectos preventivos em relação a saúde corporal e mental.

A individualização das mulheres vivendo a menopausa, o diálogo acolhedor e o preparo do médico para orientar os cuidados que podem contornar as inseguranças e os conflitos psicológicos e desconfortos da fase do climatério e da pós menopausa, permite evitar que as pacientes recorram ao uso e abuso de fármacos psicotrópicos, busca de procedimentos estéticos invasivos, particularmente quando não tiverem indicações precisas.


A adequação da terapêutica e das orientações à cada pessoa além de permitir esclarecer e reduzir o risco da submissão aos dogmas e à manipulação ideológica e sensacionalista de produtos e procedimentos “milagrosos” estéticos e antienvelhecimento que podem causar dissabores e arrependimento, permite ponderar sobre os efeitos colaterais dos tratamentos disponíveis e de seus custos correspondentes - pecuniários e não pecuniários – propagados para as mulheres nessa fase da vida.


O tratamento da mulher nessa fase da vida deve ser uma “relação de encontro” embasado por uma avaliação do estado de saúde mais abrangente e generosa, trazendo tanto os benefícios terapêuticos quanto os da empatia e compreensão das ansiedades da mulher.


No enfoque homeopático, o diálogo que investiga os hábitos alimentares, as características do funcionamento gastrointestinal, da pele, do sono, das atividades de trabalho, dos sentimentos nas relações interpessoais, dos hobbies, das sensibilidades ao clima e ao ambiente, cria um aprofundamento amistoso da relação médico-paciente que por si só já tem seu efeito terapêutico e benefícios, como maior adesão às orientações e tratamentos, assim como maior capacidade de auto-observação, conforto e segurança no processo de adaptação que a nova fase exige, reduzindo os problemas psicossomáticos.


A vida da mulher de hoje não deixa lugar para contemplações. A medicina pautada na relação do encontro e fundamentada pelos modernos conhecimentos científicos e sociológicos tem respostas às demandas das mulheres que ocupam um lugar na sociedade e no mundo do trabalho que exige estar sempre em forma.



Obs: Dra Nazira Scaffi (CRM-MS 1787) é médica especialista em Ginecologia e Obstetrícia (RQE 1135 ) e Homeopatia (RQE 2098), pos graduada em Terapia e Educação em sexualidade, Psicodrama; mestre em Saúde Coletiva, trabalhadora em direitos da mulher e educação em saúde em diferentes contextos culturais; fundadora do Instituto Aleema - saúde consciência. É autora dos livros: Rompendo o Silêncio: os desafios para a participação das mulheres indígenas no Mato Grosso do Sul . Ed. Coordenadoria da Mulher – SES- MS. 2002 e Povos indígenas, Epidemias e Psicodrama- Assumindo as diferenças na promoção da saúde. Editora CRV. Curitiba – 2022. 242p.

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